Longevidade, ética de trabalho e versatilidade são qualidades que poucos — se é que algum — no hip-hop conseguem combinar como Snoop Dogg. A lenda da Death Row Records retornou nesta quinta-feira (14 de maio) com o lançamento de seu 21º álbum de estúdio, intitulado Iz It a Crime?
Com 21 faixas, o projeto traz participações de grandes nomes como Pharrell Williams, Sexyy Red, Wiz Khalifa, Charlie Bereal, Jane Handcock, October London, entre outros. A faixa-título da LP faz uso habilidoso da amostra de “Is It a Crime?”, da icônica Sade.
Snoop falou sobre o novo projeto em sua participação no programa The Breakfast Club nesta quarta-feira (14), onde compartilhou como ainda se sente inspirado a lançar música de alto nível mesmo após mais de três décadas de carreira — agora consolidada no Hall da Fama do Rock and Roll.
“Sou um MC. Amo fazer rap, amo fazer música — e as pessoas amam minha voz, amam quando eu entrego bons discos,” disse Snoop. “Quando não entrego, elas também me avisam.”
O artista nascido em Long Beach refletiu sobre como encara sua carreira atualmente:
“Comecei a pensar: devo me tratar como músico, não apenas como rapper. Um músico pode fazer música até morrer. Mas quando você é só um rapper, tentam colocar um prazo de validade em você.”
Durante uma exibição privada realizada na terça-feira (13), em Nova York, Snoop apresentou um filme que acompanha o álbum Iz It a Crime?, embora ainda não haja uma data oficial de lançamento para o longa.
Os últimos meses têm sido intensos para o magnata de 53 anos. Em dezembro, ele se reuniu com Dr. Dre para lançar o álbum colaborativo Missionary, que estreou na 20ª posição da Billboard 200. Já em abril, Snoop lançou a coletânea gospel Death Row Presents: The Chuuuch, dedicada à memória de sua falecida mãe, com a participação de vários artistas da gravadora — incluindo ele mesmo, claro.
Snoop Dogg mostra que, mesmo décadas depois de sua estreia, continua relevante, criativo e presente na evolução do hip-hop.
Ouça Iz It a Crime? nas plataformas digitais.